21.6.16

Não está confortável.

Por mais voltas que se dê a falar da seleção portuguesa, acaba-se sempre a falar de Ronaldo.
Cristiano é o barómetro da equipa. Seja lá qual for o sistema em que jogue, ele tem sempre liberdade de movimentos para procurar o golo, onde e quando quiser. Depende também dos outros? Certamente, mas todos sabem que ele é o finalizador principal a quem passar a bola.
Nestes dois primeiros jogos do Europeu, várias ocasiões de golo passaram pelos pés e cabeça de Ronaldo, sem que alguma tenha sido concretizada. Até um penalti falhou.
Ronaldo é um grande profissional, habituado ao que há de melhor para se manter no seu exigente alto nível, que o seu clube atual, o Real Madrid, lhe proporcionará sem regateios.
Ao fazer parte da seleção, Cristiano teve certamente de abdicar daquela zona de conforto que o Real lhe dá, para descer ao terreno do que a federação portuguesa lhe pode dar, em igualdade de circunstâncias com os seus colegas de equipa. Não estamos a falar da mesada, mas toda uma série de pequenos nadas que fazem a diferença em alta competição e que acabam por se repercutir no desempenho final.
Queremos acreditar que Cristiano Ronaldo já conseguiu ultrapassar a fase de adaptação à modesta logística de que dispõe na representação do seu país, bem como superar as desestabilizadoras "pièges" com que os franceses o mimoseiam.

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